Os crimes cibernéticos se tornaram comuns e sofisticados conforme as atividades online ganharam espaço na sociedade. Afinal, atualmente a internet é um meio de comunicação, armazenamento de dados, transações financeiras, compras e outras tarefas do dia a dia. Por isso, é necessário estar sempre atento para evitar cair em golpes e fraudes.
O Brasil é o segundo país que mais sofre com o cibercrime na América Latina, sendo que 80% dos consumidores brasileiros já passaram por alguma fraude digital, segundo pesquisa da SAS Institute. Considerando apenas os 12 meses encerrados em março de 2024, 3 a cada dez vivenciaram algum crime cibernético com prejuízo médio de R$ 3.039,10, de acordo com levantamento da Norton.
Crimes cibernéticos mais comuns em 2024
A atuação dos criminosos muda de acordo com os hábitos dos usuários. O estudo da Norton indicou que um malware (vírus usado para espionar e roubar dados de um smartphone ou computador) foi detectado no dispositivo de 29% das pessoas que sofreram com crime cibernético, seguido pelo acesso não autorizado a um perfil de mídia social (24%) e o acesso não autorizado a uma conta de e-mail (22%).
Além disso, os dados são uma fonte rica para os hackers. Não à toa, a pesquisa indicou que 1 a cada 5 brasileiros que foram vítimas do cibercrime descobriu que suas informações foram expostas. Para tal, os crimes cibernéticos mais comuns em 2024 são:
- Clonagem do Whatsapp;
- Fraudes bancárias;
- Boletos e empréstimos falsos;
- Lojas virtuais falsas;
- Roubo e sequestro de dados.
Principais estratégias dos cibercriminosos e como se proteger
Os hackers usam diversas estratégias para chegar às vítimas. Portanto, é fundamental estar sempre atento quando está online. Confira os principais meios que o cibercrime usa para chegar aos usuários e saiba como se proteger:
- Phishing
O phishing é uma estratégia de engenharia social, ou seja, manipulação da pessoa para que ela execute alguma ação ou forneça as informações desejadas. Normalmente, vem em forma de e-mail ou SMS que fingem ser de uma empresa conhecida ou um órgão oficial, instruindo o usuário a clicar em um link ou baixar um anexo, que pode estar infectado com um malware, ou, ainda, fornecer dados pessoais e bancários.
Em geral, a mensagem vem acompanhada de ofertas de ganhos financeiros, como “ganhe R$ 1.000 por mês”, e promoções tentadoras para convencer a vítima. Logo, desconfie de promessas exorbitantes, sempre confira se o remetente é confiável e jamais baixe anexos enviados por desconhecidos. Por fim, não forneça códigos de acesso que funcionam como dupla autenticação de acesso a contas em redes sociais e aplicativos de mensagens.
- Golpe da falsa central
Ainda relacionado ao phishing, um golpe comum atualmente é o da falsa central do banco. Nele, o criminoso entra contato com a vítima por SMS ou ligação telefônica informando que uma transação alta foi efetuada em seu cartão de crédito e que, caso não reconheça, o usuário deve falar com a central para cancelar a suposta compra. A mensagem costuma ser atrelada a uma instituição bancária e cita até mesmo o nome de algum e-commerce conhecido.
No entanto, quando a vítima entra em contato, os criminosos solicitam uma série de informações pessoais e bancárias, inclusive senhas pessoais. Assim, jamais forneça dados pessoais sem verificar se o canal de atendimento é oficial – normalmente, a central de atendimento dos bancos não têm números de celular convencionais. E os atendentes nunca solicitam senhas e tokens, então desconfie caso alguém peça.
- Fraude de antecipação de recursos
Neste caso, os criminosos exigem pagamentos antecipados para que a pessoa tenha acesso a algum produto ou serviço por meio de sites falsos ou anúncios enganosos. Exemplo é a oferta de empréstimo consignado, geralmente de altos valores a juros baixos, em que a vítima tem que pagar uma suposta taxa para a liberação dos valores. Ela paga a quantia, mas jamais tem acesso ao dinheiro.
Para evitar problemas, confie apenas em instituições financeiras e empresas conhecidas e, caso receba alguma oferta, confira a procedência nos canais oficiais. Além disso, desconfie quando alguém exigir o pagamento de alguma taxa ou imposto para liberação dos recursos.
- Pharming
O pharming é um golpe online em que o dispositivo é infectado por um malware que altera o tráfego de um determinado site, direcionado o usuário para uma página falsa – ou, menos comum, pelo “ envenenamento de DNS”, ou seja, o hacker muda a tabela de DNS em um servidor, fazendo com que todos os usuários da rede passem pelo problema.
O objetivo é monitorar as atividades das vítimas para ter acesso a dados pessoais e bancários, assim como credenciais de acesso a redes sociais e e-mails. Para proteger-se, vale a recomendação de não clicar em links desconhecidos ou baixar anexos de remetentes suspeitos. Também é fundamental manter o antivírus e o sistema operacional dos dispositivos atualizados.
Dica extra
Além de seguir as dicas acima para evitar ser mais uma vítima dos crimes cibernéticos mais comuns atualmente, também é recomendado adotar a autenticação em dois fatores. Isso porque as novas estratégias dos cibercriminosos fazem com que o uso de senhas fortes não seja mais suficiente.
A autenticação em dois fatores é um método de segurança que exige duas formas de verificação antes de conceder acesso a uma conta ou até mesmo a aplicativos de um smartphone ou computador. Ao contrário do login tradicional, que exige apenas uma senha, a ferramenta requer um segundo código para liberar o acesso – falamos mais sobre o tema neste artigo.
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