Como serão os computadores do futuro? As novas tecnologias que prometem deixar os PCs mais rápidos já estão em desenvolvimento e a expectativa é que nos próximos anos elas desembarquem nas mãos dos consumidores.
A lista é longa e inclui novidades como processadores em camadas, armazenamento em DNA, circuitos ópticos e computadores quânticos. Todas elas ainda estão em fase experimental e, portanto, o custo de produção ainda é bastante alto.
Contudo, a partir do momento que elas ganharem escala comercial, os preços podem ficar mais próximos da realidade dos consumidores, iniciando assim novas revoluções. Vamos conhecer algumas dessas novidades que nos esperam no futuro?
1. Computadores quânticos
A computação quântica já é uma realidade nas indústrias, mas seu alto custo ainda torna os produtos inacessíveis para os consumidores. Em 2018, dois supercomputadores com essas características foram anunciados: o Bristlecone, do Google, e o IonQ. Ambos batem recordes de especificações técnicas e performance.
O modelo mais robusto, o IonQ, chega aos 79 qubits (unidade de medida da capacidade de processamento dos computadores quânticos). Cada vez mais próximos da realidade dos consumidores, eles poderão elevar de forma significativa a capacidade de processamento inclusive de máquinas que utilizamos em nossas residências.
2. Circuitos ópticos
Uma das barreiras encontradas pela indústria para evoluir as tecnologias atuais é a questão de como dissipar energia na forma de calor. Em máquinas de uso pessoal, o uso de ventoinhas resolve parcialmente esse problema, mas em data centers, o calor liberado e desperdiçado é visto como uma falha de engenharia a ser resolvida.
A solução pode estar na adoção de circuitos ópticos. Eles são capazes de trocar informações utilizando impulsos de luz, uma técnica similar à adotada pelas redes de fibra óptica que trazem internet. Especula-se que a adoção de sistemas com essas características possam gerar computadores de 10 a 100 vezes mais rápidos que os modelos atuais.
3. Armazenamento de informações em DNA
Essa é uma das grandes apostas da indústria para o futuro. A possibilidade de armazenar informações em estruturas similares ao DNA (ou outras moléculas com o mesmo grau de complexidade), permitiria com que fosse possível armazenar todos os filmes já produzidos até hoje em um espaço similar ao tamanho de um cubo de açúcar.
O salto tecnológico seria gigantesco. Embora não exista uma previsão de quando, de fato, essa tecnologia será utilizada, estudos cada vez mais avançados mostram que é possível sim tornar realidade essa ideia que hoje existe apenas na teoria. Certamente, veríamos uma revolução nesse método, uma espécie de reinvenção de tudo que conhecemos hoje relacionado à informática.
4. Tecnologia Optane
Essa novidade já é bem mais próxima da nossa realidade. A Intel investiu em uma tecnologia chamada Optane. A empresa promete que essa novidade é capaz aumentar o desempenho em 28% e promete velocidades até 1400% maiores no que diz respeito ao acesso de dados.
Essa tecnologia será embarcada em SSDs, que chegam ao mercado já em 2019, e também em memórias RAM. A ideia é que tanto as unidades de armazenamento quanto as memórias funcionem como aceleradores de memória, resultando em máquinas domésticas muito mais rápidas e eficientes.
5. Tecnologia Epyc
A principal concorrente da Intel, a AMD, também deve estrear em 2019 uma nova tecnologia, a Epyc. Os processadores Epyc devem reunir diversos chips em um único pacote, ou seja, cada unidade terá dois ou mais CPUs, conectados por vias de alta ou baixa latência.
Com isso, estima-se que o custo de produção caia, ao mesmo que a escalabilidade aumentaria. Essa solução não é destinada ao consumidor final, mas sim às empresas que requerem servidores mais potentes. Contudo, não está descartado que uma segunda geração dessa tecnologia chegue também às máquinas convencionais.