O mês de novembro chegou e, junto com ele, o planejamento das pessoas para aproveitar a Black Friday. Todos gostam de ter a chance de comprar aquele produto desejado por um preço mais acessível. Mas, com a data, chegam também as tentativas de golpe. 

Até o mês da esperada promoção, o Brasil já registrou em 2025 cerca de 2,8 milhões de tentativas de fraude no e-commerce, resultando em R$ 3 bilhões em perdas potenciais, de acordo com o Mapa da Fraude da ClearSale.

Neste artigo, daremos dicas para que, tanto consumidores quanto empresas, não sejam vítimas de fraudes.

Consumidores

Os fraudadores concentram-se, principalmente, em produtos de alto valor. Em 2024, as categorias mais visadas foram:

  • Celulares: 4% das fraudes, com ticket médio de R$ 2.788
  • Acessórios eletrônicos: 3,4%, com R$ 2.295
  • Eletrodomésticos: 3,2%, com R$ 2.701
  • Informática: 3,2%, com R$ 2.658

O relatório também identificou que homens têm maior incidência de tentativas de fraude, com uma taxa de 1,7% sobre o total de pedidos, enquanto as mulheres registram 0,9%.

Para evitar cair em golpes, em primeiro lugar, verifique com cuidado a autenticidade da loja online: analise se o endereço da página está correto, se começa com “https://” (em vez de “http://”), se o nome da empresa e o CNPJ ou razão social constam como ativas no site da Receita Federal e se há política de privacidade e termos de uso acessíveis. 

Sites falsos geralmente imitam marcas conhecidas, mas contêm erros de ortografia, imagens de baixa resolução, cores ou botões estranhos, ou ainda promovem descontos exagerados demais para serem verdade. 

Em seguida, desconfie de ofertas com descontos absurdos ou condições que parecem irresistíveis. Se um produto recém-lançado aparece com mais de 70 % de redução de preço em uma loja pouco conhecida, isso já é um forte sinal de alerta. 

Também considere o custo total da compra, por exemplo, frete ou taxas escondidas: um frete muito alto ou cobrança inesperada podem transformar a “promoção” em golpe ou em oferta enganosa. 

Outra prática importante: evite clicar diretamente em links vindos de mensagens, redes sociais ou e-mails suspeitos promovendo “promoções relâmpago”. Golpistas usam técnicas de phishing para encaminhar para sites que imitam o visual de lojas reais e capturar seus dados financeiros ou pessoais. 

O Ministério da Justiça e Segurança Pública lançou uma cartilha com estas e mais dicas. Você pode conferir aqui.

Por fim, se você suspeitar ter sido vítima de golpe, reúna provas como prints da oferta ou da página da loja, comprovantes de pagamento e dados de contato da empresa. Entre em contato com sua instituição financeira para contestar a compra ou bloquear o pagamento, registre um boletim de ocorrência e denuncie ao órgão de defesa do consumidor da sua localidade. 

Empresas

Nos últimos 12 meses, 58% das empresas brasileiras afirmam que sua preocupação com fraudes cresceu, segundo pesquisa da Serasa Experian. Considerando somente companias de grande porte, o índice é de 68%, o que reflete o esforço em proteger operações e clientes em meio ao aumento das tentativas de golpes. Em 2024, “Proteção de Operações Fraudulentas” já é o segundo principal objetivo corporativo (35%), ficando atrás apenas da meta de “Conquistar Mais Clientes” (45%).

Com o avanço dos canais digitais e o aumento do consumo online durante eventos como a Black Friday, organizações têm apostado em tecnologias antifraude cada vez mais sofisticadas. Soluções baseadas em big data, analytics e automação permitem identificar comportamentos suspeitos e proteger transações sem prejudicar a experiência do cliente.

Separamos dicas de segurança para evitar que sua empresa enfrente fraudes na Black Friday:

  1. Analise o comportamento do consumidor: use soluções preditivas antifraude que cruzam dados de comportamento, histórico de compras, CPF ou CNPJ e possíveis pendências no nome. Isso ajuda a identificar padrões anômalos e reduzir o risco de golpes;
  2. Verifique os cadastros: mantenha uma base de dados atualizada dos clientes e valide as informações no momento da compra. Divergências de dados entre bases confiáveis podem indicar tentativas de fraude;
  3. Prefira métodos de pagamento seguros: use cartões virtuais ou carteiras digitais que ofereçam camadas extras de proteção;
  4. Ative autenticação em dois fatores (2FA): aumenta a proteção das contas e dificulta o acesso de invasores.

Gostou deste conteúdo? Compartilhe-o nas redes sociais!