O conceito da Web3 (também chamada de Web 3.0) surgiu em 2014, mas chegou às rodas de conversa em 2022. Ela já é uma realidade em ações da indústria da tecnologia, mas ainda deve cumprir a promessa de revolucionar a internet para o usuário final apenas daqui alguns alguns anos. E o cenário é positivo: o sucesso de tecnologias similares torna o Brasil promissor para o avanço da novidade.
Mas, afinal, o que a terceira geração da internet? É um novo protocolo de descentralização das atividades, ou seja, as pessoas conseguirão fazer diversas atividades online sem a necessidade de um intermediário, transformando principalmente o sistema de armazenamento de informações e a criação de conteúdos.
A lógica é a de que os usuários serão donos dos próprios conteúdos, sem depender de plataformas criadas por big techs como Meta e Google.
Para se ter uma ideia da evolução, na Web1 era possível apenas consumir conteúdos passivamente em sites. Já a Web2 é marcada pela interatividade, em que os usuários podem interagir com páginas online, a exemplo de comentários em portais de notícias, além de trocar mensagens com outras pessoas e criar conteúdos com o suporte das redes sociais – não à toa, o “boom” mundial da segunda geração se deu pela popularização do Facebook e do YouTube.
Web3 na prática
Conforme mencionado, a Web3 ainda deve levar alguns anos para ser realidade na maioria dos lares e das empresas não apenas do Brasil, mas em todo o mundo. A nova geração visa, entre outras coisas, que a internet se torne uma rede global de informações capaz de ser compartilhada e utilizada com eficiência, inteligência e segurança. Para isso, usa tecnologias como blockchain, criptografia e IoT (sigla em inglês para Internet das Coisas).
Além disso, ela deverá fornecer uma experiência mais personalizada e imersiva com o auxílio de tecnologias como inteligência artificial e machine learning. Por meio dela, será possível que os usuários interajam em espaços virtuais hiper-realistas e tenham propriedades verificáveis – atualmente, as duas coisas são possíveis por meio do metaverso e dos NFTs (sigla em inglês para Tokens Não-Fungíveis), respectivamente, porém, ainda não são tecnologias amplamente difundidas.
O Brasil pode ser uma potência para o crescimento da Web3 e de tecnologias relacionadas, uma vez que é o país da América Latina com a maior adoção de criptomoedas, segundo relatório da Chainalysis, que são alimentadas pelo blockchain assim como a nova geração de internet. Outro ponto é que temos por aqui a capacidade de desenvolver talentos que podem contribuir no desenvolvimento dessas novas tecnologias.
Vantagens da Web3
Descentralização e autonomia: A Web3 permite que os usuários não dependam de grandes empresas para gerenciar e armazenar dados, assim, será possível que ele interajam diretamente entre si, sem o intermédio de uma rede social, e tenham mais controle sobre os próprios dados.
Segurança e privacidade: Graças ao blockchain, os dados são armazenados de forma segura e imutável, tornando mais difícil que os hackers comprometam sistemas e acessarem informações sensíveis.
Transparência e confiança: Com registros transparentes e imutáveis de transações na blockchain, a Web3 promove a confiança entre os usuários, pois as transações são verificadas de forma automatizada e confiável.
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