Do cafezinho na hora do almoço ao smartphone comprado em um marketplace, o pix ganhou espaço na rotina dos brasileiros desde que começou a operar em 2020. Não à toa, são mais de 160 milhões de usuários, que movimentaram R$ 17,18 trilhões em 2023, 57,8% mais do que em 2022 e o triplo em comparação a 2021. Os dados são do BC (Banco Central). 

O sistema de pagamentos instantâneos faz sucesso por facilitar tanto para o consumidor, que consegue transferir a quantia rapidamente pelo celular e não precisa se preocupar em carregar cartões ou dinheiro em espécie, quanto para o vendedor, que recebe o pagamento na hora, sem arcar com taxas administrativas. 

Apesar da conveniência, o pix só ganhou popularidade porque provou-se seguro. Desde o início, o BC adota uma série de medidas de cibersegurança, que são atualizadas periodicamente, para garantir que os dados das transações e dos usuários estejam seguros. Inclusive, os cidadãos estão resguardados pela LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados) e pela Lei de Sigilo Bancário. 

Confira a seguir quais são os principais sistemas de segurança desse meio de pagamento.

  • Criptografia:

A criptografia transforma os dados trocados entre o usuário e a instituição financeira em códigos complexos, que só podem ser decifrados pelos sistemas envolvidos na transação. Isso impede que terceiros interceptem e usem as informações pessoais ou financeiras transmitidas. 

  • Autenticação:

Antes de qualquer transação via pix ser aprovada, o usuário deve se identificar, seja por senha, biometria, como impressão digital e reconhecimento facial, ou por meio de autenticação em duas etapas. Isso garante que apenas o verdadeiro titular da conta possa autorizar transações. O mecanismo reduz significativamente o risco de acessos não autorizados e fraudes.

  • Rastreabilidade:

Todas as transferências realizadas por meio do sistema de pagamento instantâneo são registradas e podem ser rastreadas, identificando a origem e o destino do dinheiro. O procedimento é importante não apenas para a proteção dos usuários, mas também para auxiliar as autoridades e instituições financeiras na investigação de operações suspeitas.

  • Bloqueio cautelar:

Quando uma transação é identificada como suspeita, as instituições financeiras podem congelar temporariamente o valor transferido, evitando que ele seja utilizado até a conclusão de uma análise mais detalhada. Assim, o usuário ganha mais segurança e as partes competentes têm mais tempo para investigar possíveis irregularidades.

  • MED (Mecanismo Especial de Devolução):

O MED foi criado para facilitar a recuperação de valores em casos de fraudes. Se uma transação for identificada como fraudulenta, o sistema permite a devolução rápida do dinheiro à conta do pagador, evitando prejuízos maiores. Esse mecanismo é ativado por instituições financeiras e ajuda a proteger vítimas de golpes que envolvem o pix.

  • Notificação de infração:

A notificação de infração permite que um banco avise aos demais sobre contas que estejam envolvidas em atividades suspeitas ou fraudulentas. Com isso, o sistema bancário é capaz de bloquear ou monitorar essas contas de forma mais eficaz, prevenindo novos crimes.

  • Limites de transação:

Os limites de transação no pix são impostos pelo próprio BC para proteger os cidadãos contra golpes e fraudes em horários de maior vulnerabilidade. No período noturno, das 20h às 6h, o usuário pode transferir no máximo R$ 1.000. Durante o dia, não há limite, mas os bancos podem determinar um valor máximo a ser transferido em determinados intervalos de horário pelos seus clientes.

As instituições financeiras permitem que os usuários solicitem o aumento ou a diminuição do limite de transação durante o dia ou à noite, cuja liberação pode levar até 24h. Também é possível determinar quantias para contatos específicos. 

Dicas de segurança ao usar o pix

Apesar de todos esses sistemas de segurança implementados pelo BC, é fundamental que as pessoas sejam cuidadosas para evitar problemas ao usar o pix. Algumas dicas para evitar golpes e fraudes são:

  • O token e a senha são solicitados apenas no aplicativo do banco, portanto, não forneça essas informações por outros canais como Whatsapp ou e-mail.
  • Não clique em links cuja origem desconhece, pois eles podem estar infectados com vírus que podem roubar dados.
  • Confira todas as informações, como nome e instituição financeira, antes de efetivar uma transação.
  • Quando receber alguma mensagem em nome de uma empresa ou um órgão oficial solicitando algum pagamento em PIX, certifique-se que o contato é confiável.
  • Realize transações financeiras somente em redes seguras, evitando o uso de redes públicas, que podem ser mais vulneráveis a ciberataques.

Gostou deste conteúdo? Compartilhe-o nas redes sociais!