O e-commerce é um dos principais canais do varejo no país, somando R$ 254,4 bilhões em vendas em 2023. O faturamento fica atrás apenas do autosserviço, que vendeu R$ 492 bilhões no mesmo ano, segundo a última edição da pesquisa Webshoppers, realizada pela NielsenIQ Ebit. No entanto, os criminosos estão se aproveitando da popularidade do comércio eletrônico para, entre outras práticas, aplicar golpes e roubar dados dos usuários.
De acordo com o 2023 Data Breach Incident Report, da Verizon, os ataques hacker aos e-commerces de todo o mundo visam, principalmente, acessar informações de pagamento (37%) e credenciais (35%), sendo que o vazamento ocorre por causa de aplicações web vulneráveis em 70% dos casos.
Por isso, a empresa que tem uma loja online precisa adotar medidas de segurança digital robustas, evitando prejuízos financeiros e de reputação, além de estar em conformidade com a LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados).
Confira cinco dicas para incrementar a cibersegurança do seu e-commerce:
1- Utilize um certificado digital
Um dos primeiros recursos que uma loja online deve adotar é ter um certificado digital SSL (Secure Sockets Layer). Ele garante uma comunicação segura entre o cliente e o banco de dados do varejista por meio da criptografia de todos os dados fornecidos pelo usuário durante as transações, evitando ataques e roubo dessas informações. Sempre que um site conta com a tecnologia o ícone de um cadeado fechado aparece ao lado da URL da página.
Além da proteção, o SSL também ajuda no rankeamento do Google. Os comércios eletrônicos que possuem o certificado digital aparecem antes daqueles que não o têm. Com isso, acabam se destacando quando o consumidor procura por um produto pelo buscador.
2- Mantenha os softwares e o site atualizados
O cibercrime encontra novas falhas todos os dias nos mais diversos sistemas, criando oportunidades para a prática criminosa. Manter todos os softwares e sistemas, inclusive o site, atualizados é essencial para a segurança do e-commerce. Por isso, sempre verifique se os desenvolvedores disponibilizaram atualizações de, por exemplo, sistema de gerenciamento de conteúdo (CMS), plugins, temas e servidores. A dica é ativar as atualizações automáticas para estar sempre protegido.
3- Use senhas fortes e autenticação em duas etapas
O comércio eletrônico deve incentivar que todos os usuários criem senhas fortes, contendo uma determinada quantidade de caracteres, números, letras (maiúsculas e minúsculas) e caracteres especiais, por exemplo, e evitando combinações óbvias como datas de aniversário e números sequenciais – o mesmo vale para contas administrativas!
Já a autenticação em duas etapas adiciona uma camada extra de segurança ao processo de login. Além de uma senha, o usuário deverá fornecer um segundo fator de autenticação, como um código enviado por SMS ou um aplicativo de autenticação. Isso dificulta o acesso indevido às contas, mesmo que a senha seja comprometida.
4- Utilize um VPN
O VPN (sigla em inglês para Rede Privada Virtual) cria uma comunicação entre o dispositivo e a internet por meio da criptografia dos dados transmitidos. Assim, eles não podem ser acessados por terceiros, sendo uma ferramenta importante para a efetivação de transações, e fundamental para os computadores que gerenciam a operação do e-commerce.
5- Tenha um sistema de backup
Realizar backups regulares dos dados da loja virtual é essencial para a recuperação em caso de ataque cibernético ou falha do sistema. O ideal é que a cópia dos arquivos seja armazenada em locais seguros e fora do servidor principal, como um sistema de backup automatizado em nuvem, para evitar que sejam comprometidos junto com o site.
Dica extra: evite falhas humanas!
De nada adianta adotar todas as ferramentas de cibersegurança se o negócio não tem uma cultura preventiva. Toda equipe deve ser treinada para reconhecer e evitar ameaças comuns, sobretudo as que envolvem engenharia social, como o phishing. Além disso, o próprio cliente pode ser orientado sobre a importância de utilizar senhas fortes e ficar atento a mensagens suspeitas.
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